Educação canina na prática: convivência, respeito e vínculo

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Você já parou para pensar que educar um cão vai muito além de simplesmente ensinar comandos como “senta” ou “fica”? Na Kahu Kiai, acreditamos que o bem-estar dos nossos companheiros de quatro patas começa com a escuta, o respeito e a conexão. Por isso, convidamos a Alessandra, do perfil Patas Livres — especialista em comportamento canino — para compartilhar sua visão sobre o que é, de fato, a educação canina. Afinal, essa prática pode transformar a convivência entre humanos e animais de maneira mais leve, empática e consciente.

Ao longo do texto a seguir, você vai entender como a educação canina atua muito além do adestramento tradicional. Além disso, verá como ela respeita as individualidades do seu pet e, consequentemente, fortalece o vínculo entre vocês. Boa leitura!

O que é educação canina?

É comum nós, tutoras e tutores de pets, desejarmos que nossos pets se adequem bem à nossa casa, se adaptem à nossa rotina e convivam bem com os demais membros da família. Mas, infelizmente, poucos de nós paramos para pensar no que esses animais precisam para que nossos desejos e expectativas sobre eles se realizem.

Para educarmos alguém, precisamos primeiro conhecer nosso aluno.
A educação canina é o processo de ensinar e treinar cães para que desenvolvam comportamentos desejáveis e a convivência seja harmoniosa com os humanos e outros animais.

Ela vai muito além de apenas “adestrar comandos”. Queremos saber o que deixa nosso cão motivado. Ele prefere bolinha ou cabo de guerra? Quais horários do dia ele sente mais agitação? Do que ele sente medo? Que tipo de gente ele gosta mais? De quem ele não gosta? Como se sente quando fica sozinho em casa? Como se entretém quando está entediado?

Conhecendo nosso animalzinho, fica mais fácil entendê-lo e ajudá-lo a se expressar de forma saudável.

Nossa cultura no Brasil ainda é muito voltada a buscar ajuda apenas quando o cão já apresenta comportamentos problemáticos que geram estresse para os tutores. No entanto, o ideal seria que buscássemos entender a espécie canina antes de adotarmos um cão, para prevenir comportamentos indesejados e, quando necessário corrigi-los, fazer isso sem causar danos emocionais ou físicos.

Hoje já sabemos que técnicas como coleira de choque, guia unificada ou ruídos para assustar, podem aumentar a ansiedade e o medo. Esses efeitos colaterais são totalmente evitáveis quando usamos métodos baseados em recompensar comportamentos desejados.

A educação canina foca na convivência geral, no ensino das regras da casa e no cuidado com o desenvolvimento emocional do cão. Já o adestramento tende a focar em comandos específicos, como no caso de cães que executarão algum trabalho, esportes ou truques.

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Formas de aplicar a educação canina

Você pode colocá-la em prática de diferentes formas:

  • Treinando seu pet no dia a dia com orientação profissional;
  • Consumindo conteúdos educativos em vídeos, livros ou redes sociais confiáveis;
  • Contando com a ajuda de educadores caninos (presenciais ou online).

As técnicas mais modernas e respeitosas utilizam o reforço positivo, ou seja, o incentivo com petiscos, brinquedos ou carinho — transformando o aprendizado em algo leve, afetivo e divertido.

Pra fechar, deixaremos uma citação do Ian Dunbar, veterinário, etólogo e treinador de cães, que representa muito bem no que acreditamos e o que buscamos através da educação canina:

“Quando estou treinando um cachorro, desenvolvo um relacionamento com ele. Ele é meu companheiro, e eu quero tornar o treinamento divertido.”

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